Toda
forma de vida é única, é especial, é marcante, é determinante e é veículo vivo
do amor natural em sua essência concebida. O ser humano transporta diversidade
em todo planeta, apresentando uma diferença tanto quanto singular, no entanto
manifestamos uma semelhança impressionante. Assim somos, iguais, idênticos,
semelhantes e, em simultâneo somos únicos em nossa individualidade e no nosso
coletivo. A riqueza humana é bela e vasta, para tal conseguirmos respeitar,
melhor entender e apreciar basta que olhemos com a atenção devida.
As
expressões de amor sentidas são várias e apresentam-se sob vários espectros e
formas, sendo cada qual válida e adequada para cada um/x. O corpo e vida dx transgénero, dx
não-binárix, dx queer, dx assexuadx, dx pansexual e de todxs aquelxs que aqui
coabitam são especiais e valiosas tanto quanto a do homem e mulher cisgénero
(aquelxs que se identificam com o género biológico atribuído à nascença). O
ódio, a fobia e o preconceito nascem do desrespeito e da ignorância, frutos do
medo sob aquilo que é desconhecido. Assusta tanto assim alguém não se
identificar com o corpo que nasceu? Ao ponto de destruir e retirar a vida desse
ser humano? Aprendamos mais com os ditos
“animais selvagens”, assim como das tribos indígenas que manifestam várias
expressões e identidades de género há várias gerações. Entre elxs importa
sobretudo a felicidade e o respeito. A problemática identidade de género, alvo
de polémicas intermináveis, julgamentos e posições recheadas de medo e
preconceito por várixs políticxs e funcionárixs publicxs tem sido fortemente
discutida (de alguma forma) ultimamente. Talvez seja necessário olhar e falar
abertamente, com evidências científicas e olhares atentos de clínicxs e técnicxs
especializadxs, além de trazer para perto todxs aquelxs que necessitam do
auxílio maior. Faço referência delxs que se identificam enquanto seres não
cisgéneros, que fogem ao padrão héterocisnormativo.
A
orientação sexual é outro grande ponto, aliado ao anterior citado, que desperta
há muitos e largos anos controvérsia, polémica, protestos, guerras e muito
sofrimento.
A
comunidade LGBTI+ continua com o apelo por respeito, por direitos à vida, um
emprego, uma casa, uma família. Urgentemente pede por paz, por poder regressar
a casa (aquelxs que a têm) sem sofrer qualquer agressão, um apelo por
assistência médica e hospitalar (tratamento hormonal, acompanhamento
psicológico, entre outros) e por uma vida mais digna. Sim, neste momento as
pessoas transgéneras têm os seus direitos sociais pouco ou nada respeitados e
validados, acabando muitas vezes por se prostituir e, não raro suicidam-se ou
são assassinadxs. Índice muito alto para as mulheres transsexuais, brutalmente
agredidas com frequência. Igualmente aos seres humanos de orientação sexual
(fora da heterossexualidade), como os homossexuais (e não apenas, como exemplo
bissexuais) que são alvo do preconceito, da fobia e das recorrentes agressões.
Frequentemente estes grupos são expulsos de suas casas, por simplesmente serem
quem são, sofrem injúrias, calúnias, agressões várias e têm suas vidas
dificultadas. As atividades para honrar todo este grupo, como as paradas LGBTI+
(Pride), ações de sensibilização, entre outros manifestos ativistas continuam a
ser imprescindíveis. Sim, esta comunidade está um bocado longe em ter os seus
direitos básicos de vida garantidos e assegurados. Apenas pedimos por respeito
(ninguém gosta de tudo), pois essa é a base humana para uma convivência
civilizada. Toda a forma de vida e de amor é válida e deve ser respeitada.